domingo, 31 de agosto de 2008

(Educação e Transformações no mundo do trabalho) Modernidade (Texto Complementar referente à aula 1 de Educação e Transformações no mundo do trabalho)


A modernidade costuma ser entendida como um ideário ou visão de mundo que está relacionada ao projeto de mundo moderno, empreendido em diversos momentos ao longo da Idade Moderna e consolidado com a Revolução Industrial. Está normalmente relacionada com o desenvolvimento do Capitalismo.


O termo era desconhecido para Nietzsche. Uma vez que a pós-modernidade se forma em oposição à modernidade, não podemos pular o fato de que foi Nietzsche, em termos abrangentes, quem iniciou o movimento de fustigação dos ideais modernos. Com ele começa a era da paixão moderna. Os seus defensores ou os seus detratores, via de regra, se posicionavam frente a aceitação ou a recusa da modernidade. Porem, Nietzsche já não estava presente quando efetivamente começam as mais profundas transformações de época, da cultura aos artefatos tecnológicos, da política a guerra e ao terrorismo, da arte clássica a anti-arte ou a arte pela arte, do local ao global, da objetividade ao ficcional e ao virtual, do bio-químico ao tecido genético. Um outro aspecto diz respeito ao seu esgotamento. Para Z. Bauman (1999 e 2004), o que mudou foi a modernidade sólida que cessa de existir e em seu lugar surge a modernidade liquida. A primeira seria justamente a que tem inicio com as transformações clássicas e o advento de um conjunto estável de valores e modos de vida cultural e político. Na modernidade líquida, tudo é volátil, as relações humanas não são mais tangíveis e a vida em conjunto, familiar, de casais, de grupos de amigos, de afinidades políticas e assim por diante, perde consistência e estabilidade. Cremos que essa reflexão de Bauman já está de algum modo presente em Marx quando, segundo M. Berman (1982), ele aponta para a ação do éter das revoluções modernas que desmancha tudo que é sólido.


A diferença entre os dois autores é que Bauman já trabalha no campo minado da pós-modernidade que dificilmente permite que se faça planos para modos estáveis de sociedades futuros.


Marx ainda acreditava que o seu comunismo fosse o congelamento de um modo social de vida integrado e harmônico. Mas, como pergunta Berman, por que cargas d`água o comunismo não seria corroído pelo éter do suspiro modernista? Também Nietzsche faz recordar quando verificamos que a sua critica da modernidade é direcionada exatamente para a superficialidade de sua cultura e ao apego de artistas e intelectuais modernistas nos aspectos de efeito da obra de arte e da obra de pensamento de modo geral.


Mas foi Gilberto Freyre (sociólogo e antropólogo famoso, autor do livro Casa-Grande & Senzala) quem denunciou as dívidas da modernidade para com a tradição. Talvez pudéssemos dizer com GF que não há, a rigor, modernidade que não seja alimentada e oxigenada pela tradição. Sem tradição, sem a raiz e o regional, a modernidade não é nada. Como agora, no auge da globalização, se diz: quem não tem raiz, dança.
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PARA PENSAR E DISCUTIR: COMO VOCÊ CONCEBE A MODERNIDADE EM SEU DIÁLOGO COM SUA DISCIPLINA DE FORMAÇÃO?

26 comentários:

PROFORMAR COMUNIDADE CCPL disse...

Anselmo Ferreira Assumpção Turma 09

A matemática se enquadra perfeitamente, pelo menos em uma boa parte, no contexto de modernidade relacionada com uma tradição, mencionada pelo texto, pois, se pegarmos o contexto histórico dos pensadores da mesma, como é o caso de Pitágoras, Tales de mileto, newton e muitos outros, podemos observar o alicerçamento teórico, muitas das vezes empreguinados de tradicionalismo, apesar também de em muitas outras ocasiões ela ser porém ela também manterá seus traços de tradicionalismo, muitas das vezes amedrontador, devido de o fato de na época dos “pitagóricos”, ela era tida não realmente como uma ciência ainda, mas, como uma espécie de seita secreta e possuía um papel de formação bem revoluciánaria devido ao seu campo abstrado de trabalho, normalmente muito a frente do seu tempo real, por isso a matemática sempre será uma disciplina “moderna”, no sentido de a frente do tempo real em que o pesquisador elabora seus estudos, moral com um objetivo de evitar que um indivíduo viesse a trilhar caminhos promiscuos.

André de Oliveira Campos Freire disse...

COMO VOCÊ CONCEBE A MODERNIDADE EM SEU DIÁLOGO COM SUA DISCIPLINA DE FORMAÇÃO?

Estou me formando em licenciatura em História.
Pretendo desenvolver com meus alunos um ensino que valorize o entendimento dos motivos e causas dos principais acontecimentos históricos e o papel dos indivíduos, não só entendidos como individualidade, mas principalmente entendidos como agentes coletivos de transformação.
Neste sentido pretendo fugir de grandes datas e grande homens, que só levam o estudo da História para se aproximar da visão dos setores sociais mais privilegiados.
A modernidade, na minha opinião, é justamente fugir do pensamento único que tenta nos impor a sociedade de consumo e o neoliberalismo, precisamos investir na formação de alunos cada vez mais críticos aos aspectos centrais da sociedade atual, desvencilhando o ensino das amarras sociais que encontramos hoje nas regras e orientações de organismos internacionais e governamentais.

Anônimo disse...

No campo da Psicologia são comuns os questionamentos em torno das transformações sociais inerentes à pós-modernidade e, principalmente, quais as consequências psíquicas disso para as pessoas. Questionamos o tipo de vida que o homem pós-moderno tem vivenciado cujas palavras de ordem são agilidade e eficiência. E concluímos que grande parte do sofrimento humano atual está diretamente ligado a esse tipo de rotina. O homem pós-moderno vive num dilema constante no qual é intimado a ser rápido e eficiente, produzindo e superando todas as expectativas. E quando chega ao seu limite pessoal, frusta-se e considera-se um "incapaz" por não conseguir dar conta daquilo que lhe é exigido. O trabalho do psicólogo pode atuar como uma tentativa de trazer esse sujeito à luz de suas escolhas pessoais e mostrar que existem formas amenas de se conseguir o que almeja sem se alienar de seus próprio desejos.

Giselle Silva dos Santos - Turma 01

Unknown disse...

José Henrique Fortes Mello, turma 01

A biologia, enquanto disciplina é uma filha legítima da modernidade e, do meu ponto de vista, simultaneamente uma espécie de força motriz. Digo isso pois iremos encontrar uma de suas origens no naturalismo. Entretanto, apenas após a publicação da Origem das Espécies de Darwin que a biologia surge efetivamente como ramo do conhecimento. Mais do que isso, as bases da biologia são quase que exclusivamente modernas, no sentido de que ela é uma disciplina construída sobre a idéia da "infalibilidade" da ciência e seu método científico. Inclusive, talvez aqui sendo bastante pedante, acredito que um dos motivos que impediu durante um tempo longo um diálogo mais extensivo entre a biologia e áreas humanas é justamente a mentalidade cientificista na qual a primeira está inserida, embora essa "barreira" venha aos poucos sendo desconstruída. Um outro ponto que é interessante de ser colocado é a lógica cartesiana que permeou os círculos acadêmicos durante quase dois séculos. Por conta dela, a departamentalização do conhecimento regrou a biologia em todos os seus momentos. Ao contrário da física, que no início do século XX se viu obrigada a ter uma concepção mais holística a partir do surgimento da física quântica e a relativização do universo, a biologia teve uma defasagem temporal extensa. Apenas nos últimos 25 anos que esse ideário celular, aonde se formavam especialista cada vez mais especializados, começou a não conseguir se sustentar. Nesse ponto, inclusive deixando o diálogo com a modernidade "clássica" e começando a entender o ponto de vista da nova modernidade.

Anônimo disse...

A Filosofia em si, não se adequa a modernidade, talvez o modo de ensinar Filosofia (se é que Filosofia se ensina) possa se adequar a modernidade.
A modernidade exige muito mais do homem. Este deve estar sempre dentro dos padrões exigidos pela sociedade, tem que ser um homem de sucesso para melhor ser aceito no meio em que vive. A modernidade traz a tona o individualismo, o consumismo e a liberdade (de ação)e junto com esses conceitos, tudo passa a ser passageiro, até mesmo a tradição, que já fora tão valorizada.
Nesse contexto, o papel da Filosofia é discutir as transformaçoes individuais e sociais ocorridas no mundo moderno, pensar a ação humana e as consequências das mesmas para melhor entender a modernidade.

Fabíola de Paulo.
Turma 1.
Filosofia

Anônimo disse...

Bem, estou me formando no curso de Ciências Biológicas, e, para nós ciêntistas, a modernidade é um fato encarado quase que constantemente. A cada dia que passa se descobre uma proteína diferente em nosso corpo; uma molécula nova com função que, anteriormente, era desconhecida; uma nova parte do genoma humano é sequênciada, etc.. Enfim, uma gama de descobertas aparecem numa velocidade que, se não nos atualizarmos constantemente, ficaremos para trás.
Apesar de toda essa corrida em busca do conhecimento e de maneiras para melhorar a qualidade de vida humana - tanto na área de saúde, quanto no meio ambiente - não podem ser deixadas para trás os estudos realizados pelo primeiros estudantes da história natural e os que se aventuravam em buscar curas para as enfermidades.
Vou me basear como exemplo Charles Darwin, não somente porque ele foi um dos gênios que trasformou o modo do homem ver todos seres vivos(inclusive ele mesmo), como também pelo fato desse ano, no mês de fevereiro, ser comemorado o 200º aniversario de Darwin.
Darwin, em suas aventuras pelo mundo ficou importante por ter criado várias teorias, dentre elas podemos citar a seleção natural e a ancestralidade comum dos seres.Porém a criação do método científico foi uma das mais extraordinárias e a que ,melhor responde a discussão levantanda no texto. O método científico, apesar de algumas modificações, continua sendo, basicamente, executado da mesma forma que Darwin e outros cientistas primordiais utilizavam.
Com este exemplo então fica explícito que, no mundo da pesquisa, apesar de grandes avanços na tecnologia, sem a aplicação de conceitos que formam a base dos estudos, nada pode ser feito.

Anônimo disse...

PARA PENSAR E DISCUTIR: COMO VOCÊ CONCEBE A MODERNIDADE EM SEU DIÁLOGO COM SUA DISCIPLINA DE FORMAÇÃO?


LUCIANO CABRAL DA SILVA (Inglês)
Dentro da discussão sobre modernidade e seu diálogo com as disciplinas pedagógicas, a Língua (com letra maiúscula) acompanha intrinsecamente essa mudança social. Ainda que seja um sistema, ela é instável, mutável, flexível, universal e, ao mesmo tempo, individual. William Labov, sociolinguista americano, afirmou que a língua (com letra minúscula) só pode ser decodificada, isto é, entendida pelo receptor, se for contextualizada. O falante, então, ao falar, estaria lidando com quatro fatos: a região, o contexto social, a posição temporal e os valores individuais. Para Labov, a Língua é o resultado de um comportamento social inserido no comportamento individual, não havendo como dissociar língua e sociedade, ou melhor, discurso e ideologia.
Com a modernidade, estes comportamentos sociais se tornam cada vez mais flexíveis, instáveis, voláteis, onde “tudo que é sólido desmancha no ar”; e assim também faz a língua. Ela reflete o modo de se perceber o mundo - e de se perceber no mundo. É através dela que damos forma às coisas, que materializamos o pensamento, que criamos palavras, que invertemos circunstâncias, que descartamos arcaísmos e importamos vocabulários. A Língua moderna é cosmopolita e é também regional; é universal e individualizada; ela incorpora outras línguas e também as nega. Por sua vez, a Língua Inglesa, que por razões já há muito conhecidas se tornou “Lingua Franca”, se faz presente (e talvez onipresente) nesta nova ordem mundial.
Largamente difundida, seja nos filmes e canções, seja nos produtos, a Língua Inglesa parece ser atualmente propriedade pública, pois é raro encontrar quem não conheça alguma expressão ou palavra inglesa; e mesmo que não conheça o significado traduzido, ao menos já ouviu algo em inglês. Certas palavras e frases fazem parte do cotidiano, sobretudo dos adolescentes, como “show”, “rock”, “e-mail”, “blog”, “site”, “internet”, “take it easy” e muitas outras.
Partindo desta percepção, o ensino e aprendizado de Língua Inglesa se dão em conjunto com o aluno, aproveitando o seu conhecimento prévio desta língua “inevitável”. O professor de Língua Inglesa já não é o detentor total do conteúdo e, por isso é constantemente testado e renovado, uma vez que a língua é um objeto vivo em perpétua mudança. Porém, engana-se quem pensar essa “nova ordem pedagógica” como algo negativo. Pelo contrário, o professor deve despertar no aluno o interesse pela disciplina, aproximando o aprendizado ao seu cotidiano e fazendo-o perceber que ele sabe mais de língua inglesa do que poderia supor. O resultado disso é: motivação.

LUCIANO CABRAL DA SILVA (INGLÊS)– edu e transf no mundo do trabalho

Anônimo disse...

Dica de Leitura:

HARVEY, David. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo, Ed. Loyola, 2003.


O autor é um geógrafo norte americano, porém o referido título versa por diversas áreas do conhecimento.

Vale a pena ler!!!!!!!!!

Anônimo disse...

A Modernidade, como se sabe, abrange diversos campos em que existe o homem, seja na política, na economia, na sociedade, para citar os mais importantes. É evidente que, sendo tão ampla, pode ser verificada nas situações mais banais até nas mais solenes. O mais interessante é que, embora tenha determinadas diretrizes, a mais reconhecida delas se funda na necessidade de transformar, inventar ou reinventar as próprias diretrizes; o que pode ser constatado no aperto de mãos que muda de uma hora para outra ou no tratamento dado ao corpo morto, que ainda pode oferecer vida a outros ainda vivos.
Alguns setores, dentre os quais o mais notável é a Igreja, ainda parecem entrar em desavença com a Modernidade, acusando-a de depreciar valores e tradições. Por isso, torna-se comum que se notem embates entre os modernizantes e os tradicionalistas, os quais não concebem a mudança, a transição, a impermanência (permito-me aqui um neologismo), quer na briga pelo direito ao aborto, quer na idéia pela escolha do celibato aos padres, dentre outros.
A escola, evidentemente, não escapa desse processo; assim, exigindo-se dela aperfeiçoar-se por meio da adaptação constante ao que ocorre a seu redor. As que ainda preferem manter-se estáveis acabam por sofrer impactos, prejuízos e falências. Não que se queira caracterizá-la como libertina ou permissiva, mas como atenta e adaptável. Atenção e adaptação estas que devem estar relacionadas ao mercado, às finalidades dos jovens nas diferentes épocas, aos novos meios de interação, à comunicação mais sintética e instantânea etc.
Como concluinte do curso de Letras, os conceitos relativos à Modernidade, são demasiadamente pertinentes, principalmente, em se tratando de Literatura, mas também de Gramática. A primeira porque restringe essa classificação (Modernidade) apenas à escola literária modernista; o que é bastante coerente, tendo em vista que tal movimento se aproxima, em sua essência, dos conceitos e ideais modernos mais do que qualquer outra escola. Não foram muitos os escritores que, em sua época, tiveram a coragem de romper as determinações das escolas literárias a que pertenciam. Certamente, o maior e melhor exemplo disso foi Machado de Assis, que, embora pertencente ao momento do Realismo, inovou como apenas foram capazes de fazer os escritores Modernistas do século XX.
Também a Gramática, por representar uma tradição lingüística instituída e passadista, acaba entrando em contato com a Modernidade. Certamente, muito do enfraquecimento daquela se dá por conta de estudos influenciados por esta, que contribuiu e contribui para o avanço dos estudos sociolingüísticos. Dessa forma, procura-se dar mais relevância aos modelos correntes do que aos consagrados, diferentemente do que se dava antigamente. Modernizar-se linguisticamente implica empregar as gírias da estação, respeitar as variações de acordo com grupos sociais ou regionais, antenar-se às expressões vindas do campo da informática. Torna-se essencial a essas formas mutáveis; mais ainda: torna-se essencial não desprezar a forma padrão e tradicional e saber conjugar ambas, sem que haja eliminação.
Recentemente, inclusive, houve mais uma reforma ortográfica. A justificativa dada para tal acordo está na necessidade de uma única ortografia oficial para os países que usam a língua portuguesa oficialmente; dessa forma, evita-se a persistência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa — a luso-africana e a brasileira — que impede a unidade intercontinental do português e diminui o seu prestígio no mundo. As razões que embasam a necessidade desse novo acordo soam mais como pretextos do que como nobres motivações, porque, em verdade, ele se dá por razões comerciais. Por meio da unificação, será possível que material didático produzido no Brasil seja vendido para os demais países, o que antes era mais problemático. Não que essa verdadeira razão seja certa ou errada, mas se trata de um motivo de cunho mercadológico, o que comprova a influência modernizante.

Unknown disse...

A modernidade parece ver cada vez mais a Literatura e as demais manifestações artísticas com um valor econômico, ao invés de vê-las com um valor estético, cultural, ou de formação.
Numa sociedade capitalista, onde tudo precisa ser útil, em que pessoas e conhecimentos são “coisificados”, a Arte é vista como uma inutilidade, um capricho ou luxo. É comum ao falar “faço Letras”, alguém nos indagar com “e o que se faz com isso?”, “que utilidade tem?”, e isso ocorre em várias outras áreas.
A profissão de professor é desvalorizada atualmente, porque seu valor não pode ser medido em cifras. Contudo, ainda que se mostre difícil e cansativo, o profissional deve manter-se junto a seus ideais, mesmo que essa modernidade possa vê-lo com desdém ou como um louco, assim como os simbolistas foram vistos em sua época ao defenderem “a arte pela arte”: para a modernidade de mentalidade utilitária será, sem dúvida, um incômodo, mas para a modernidade crítica será um grande contribuidor.

Anna Carolina de Azevedo Caramuru
(Educação e Transformação no Mundo do Trabalho)

Anônimo disse...

A física se enquadra bastante no conceito de modernidade, pois foi com a modernidade que a física evoluiu, surgiu a física quântica, a física moderna e com muitos atributos do estudo da física foram criados equipamentos cada vez mais modernos, proporcionando coisas que antes eram inimagináveis, como por exemplo o homem ir a Lua.

Educação e Transformações no mundo do trabalho
Turma 1

Anônimo disse...

Primeiramente, antes de citar a minha carreira de formação, acredito que o grande desafio da modernidade (ou pós-modernidade para alguns) é "admitir o não saber". Hoje, com as notícias sendo veiculadas em tempo recorde, tenho a impressão que o ser humano tem vergonha de dizer "eu não sei...." (uma frase que poderia ser lindamente complementada com "...mas vou procurar me informar e falamos depois, certo?").No caso específico da Educação Física, minha disciplina de formação, vejo que estamos no epicentro de uma dúvida que nos aflige: somos da área de Educação ou de Saúde? Somos os pensadores do novo século (a "nova" Educação Física) ou somente um bando de marrombeiros? Pra mim, é só uma discussão inoportuma que acaba por simplificar o papel do professor de Educação Física junto à sociedade, o de fazer com que os conceitos de saúde e educação possam ser aplicados simultaneamente e concomitantemente.

Aluno: Adriano Augusto Andrade Pinto (TURMA 01)

Anônimo disse...

COMO VOCÊ CONCEBE A MODERNIDADE EM SEU DIÁLOGO COM SUA DISCIPLINA DE FORMAÇÃO?
A biologia esta ligada a tradiçao e modernidade, já que os grandes avanços da ciência não seriam possiveis sem os trabalhos desenvolvidos por grandes teóricos como Mendel. Em pleno século XIX criou as bases da hereditariedade, sem nunca ter ouvido falar de genética, DNA , Cromossomos... Apenas estudando pés de ervilha, um monge (a igreja era tradicionalmente uma das dentoras do conhecimento da época)criou a base da genética "moderna". Hoje estudamos a prevenção ou cura de doenças a parir de informações genéticas, estudamos o genoma. As Ciências Biológicas estão em constante mudança, ou em constante "evolução". E devem muito do conhecimento adquirido na atualidades aos grandes "cientistas" do passado. Na atualidade a genética avança a passos largos, a "ciência" não é mais concedida como algo segementado conhecimentos moleculares,microscopicos são utilizados para classificar organismos sejam eles mamutes que viveram na pré história, ou um inseto que acaba de ser descoberto na Amazônia.
Cláudio Goulart.
Educação e Transformação no mundo do Trabalho.
Turma 1; Curso: Ciências Biológicas

Anônimo disse...

no campo da história a modernidade trouxe novas discussões, novas teorias e metodos e ampliou as tendencias para se pensar a história, o que levou a novas formas de abordagem dentro da sala de aula, deixando pra trás aquela história tradicional, mostrando somente uma verdade, sem fazer o aluno pensar a história e entender toda discussão que envolve a disciplina.

aluna: Priscila Velozo da Silva
turma 1, educação e transformações no mundo do trabalho.

Unknown disse...

A historia é uma das disciplinas que mais dialogam com a modernidade, uma vez que , a historia é a testemunha de todo o processo que vem transformando o mundo desde o inicio do que ficou conhecido como idade moderna, passando pelas revopluçoes burguesas e a consolidaçao do capitalismo e a aceleraçao das mudanças sociais.
a propria historia , como campo do conhecimento, é influenciada por estas mudanças. A historiografia´sera transformada por este novo conceito de pos modernidade ou pela falta de conceito da pos modernidade.
patricia coutinho rangel
mat 200510260511
educ e transf no mundo do trabalho
turma quinta 12:30

Unknown disse...

A Modernidade, pensada pela História, é uma experiência, ainda em curso, produzida pela ação humana – apesar de no estágio atual as pessoas acabarem naturalizando-a, tomando-a como algo a-histórico.
A idéia de modernidade pode ser bem representada pela frase de Marx ‘tudo o que é sólido desmancha no ar’, uma vez que está envolta em paradoxos.
É uma experiência caracterizada pela busca incessante do novo, e em que concomitantemente à aproximação das pessoas por meios materiais (novas tecnologias) tem-se uma sensação de solidão, de isolamento do mundo, no sentido espiritual. E que acabou intensificando o individualismo, culminando em uma certa desobrigação para com ‘o outro’, tanto pessoal como profissionalmente.
Ao atentar para a modernidade enquanto uma experiência humana é possível perceber que, como tal, ela é passível de transformações, e que seus rumos podem ser alterados através da ação consciente do homem.
Nesse ponto, é possível realizar um ensino de História voltado para o desenvolvimento de um pensamento crítico, se opondo à massificação da sociedade, a qual padroniza os indivíduos, seus gostos e idéias, e que elimina a diversidade. E isso parece contraditório, pois a experiência moderna implica na busca pelo novo e abre espaço para um desejo de diferenciação, justamente por esse processo de massificação do povo, mas, a partir do momento que todos buscam ‘ser diferentes’, se igualam.
Tendo consciência disso, a História desvia o foco dos grandes temas e dos heróis; tenta fugir de concepções etnocêntricas e da noção de ‘verdade absoluta’ em favor da pluralidade cultural; percebe a atuação de agentes sociais antes marginalizados; critica a alienação dos indivíduos e tenta se apropriar dos novos métodos e tecnologias (que inicialmente se apresentavam como um desafio à própria disciplina) em prol da transformação social.

Elaine Santos
Educação e transformações no mundo do trabalho - turma 01

Anônimo disse...

Educação e Transformação no Mundo de Trabalho

Dayane Moraes Vidal
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A Ciência Geográfica encontra-se atrelada a conceituação de Modernidade, em face da História do Pensamento Geográfico, visto ter sido no bojo deste contexto histórico que a Geografia logrou o seu grau de cientificidade.
Inserida no campo das ciências modernas, a geografia moderna, ou seja, a geografia científica, têm sua sistematização iniciada por Humboldt e Ritter, na primeira metade do século XIX Sendo importante lembrar-mos que, no final do século XIX, para “reconhecer-se” como ciência, a geografia precisava de “cientificidade”. O Racionalismo científico geral à época gerou, então, o determinismo geográfico, atribuído sobretudo a Friedrich Ratzel: “por intermédio do discurso da biologia evolucionista, Ratzel deu uma perspectiva rigorosa, objetiva e geral à geografia, permitindo-lhe, portanto, ascender ao ranking das ciências positivas modernas.
Anteriormente a esta cientificidade, até o século XVIII, a geografia (não científica) procurava trabalhar com temas cosmográficos. E, até o século XIX, desenvolviam-se também trabalhos descritivos, empíricos. Gerando, assim, uma dicotomia de abordagens (e métodos) entre a geografia geral ou nomotética (sistemática, “matematizada”) e a geografia regional ou idiográfica (empírica-descritiva, “histórica”) que advém da Antigüidade na geografia.
Durante sua trajetória de modernidade, a Geografia, enquanto ciência, passou por diversas reformulações.De Tradicional passou a Crítica, e engendrada no que alguns compreendem por Pós-Modernidade, na busca pelo entendimento da complexidade do mundo, forja-se o seu viés humanístico e cultural, não dissociado.Contudo, desfavoravelmente, Paulo Cesar, em sua obra Geografia e Modernidade, faz uma análise da evolução da geografia (e do pensamento geográfico) inserida na perspectiva de Modernidade (epistemologicamente bipolarizada entre Racionalismo e subjetivismo), relacionando as mudanças desta última às transformações históricas na ciência geográfica. E ainda contesta o advento da pós-modernidade, visto que o Racionalismo das rupturas e revoluções (de toda ordem) permanecem no desenvolvimento da História.

Anônimo disse...

Com o intuito de ser tornar científica a Geografia deixa de lado a concepção de ciência de síntese e busca a especialização de seus conhecimentos procurando especificades para referendar seus estudos. Acho também que a modernidade trouxe para a Geografia a necessidade de se instituir cientificamente os seus estudos e não mais em descrições de viajantes, observações ou qualquer outra forma que não fosse a razão científica. Nesse contexto a educação da Geografia ficou mais como descrição do globo terrestre, para alguns com o intuito de alienar o povo quanto aos problemas sociais. Além de servir como um dos legitimadores dos Estados modernos, pois buscou criar o ideal de nação, ensinando nas escolas que todos tinham que conhecer os seus Estados/Nação e esses possuíam especificades inseparáveis tendo a Geografia contribuído grandemente com isso. Concluindo, acho que a Geografia de certa forma serviu para referendar anseios do Estado moderno e buscou na descrição dos conteúdos a sua base e não no desenvolvimento do senso crítico dos alunos que só seria buscado no Brasil nos anos 80 e constituído no final dessa década e no início dos anos 90.

Anônimo disse...

Acho uma ideologia importante a ser destacada atualmente é a do individualismo exacerbado, onde mostra os indivíduos cada vez mais pensando apenas no seu próprio benefício e deixa a comunidade como um todo relegado a um segundo plano, pois o que vem atrelado a essa ideologia é o ideário de competição e meritocracismo. A competição faz com que o sujeito tente sempre o melhor de si, entretanto, quando este não consegue, acaba por ficar frustrado, além de dificultar sua vida na interação social, pois muitas vezes deixa de lado o pensamento na sociedade e pensa apenas na sua individualidade. O ideário de meritocracismo faz com que os indivíduos esqueçam a sua construção individual como reflexo de uma sociedade e de seu entorno, achando necessário somente seus esforços para se chegar a algo. Pontuei esse aspecto por seu reflexo está presente na escola como vimos nas práticas de ensino ao longo do curso de Geografia, já que a escola é uma interação social e o que se viu na realidade foi uma quebra dessa interação a partir de quando se estava em questão a individualidade se contrapondo a construção coletiva.

Anônimo disse...

Aluna: Fernanda Pereira Nogueira
Disciplina: Educação e transformações no mundo do trabalho
Turma: 01

A modernidade foi marcada pelo privilégio ao uso da razão e ao conhecimento científico. A questão da legitimação da psicologia como um saber científico, sem dúvida, é uma das influências desse projeto da modernidade. Nessa direção, a psicologia foi se tornando mais independente em relação à Filosofia, tendo em vista que passou a pautar o seu conhecimento em experimentos controlados quantitativamente. Temos o exemplo do behaviorismo radical, que não admitia nenhum elemento subjetivo em seus experimentos, ou seja, apostava-se na compreensão do comportamento humano apenas pautado na associação de estímulos e respostas. No entanto, com o passar do tempo, a lógica da causalidade das ciências naturais passou a ser questionada por algumas correntes da Psicologia, o que indicava a necessidade de conceber o estudo do ser humano em sua relação subjetiva com a vida de uma maneira geral. Sendo assim, a noção de indivíduo da modernidade também se refletirá na leitura de diversas correntes da Psicologia. Tanto em relação à noção cartesiana de indivíduo (enquanto um ser consciente), quanto em relação à noção de sujeito crítico de Kant.

Anônimo disse...

Juliana Batista Loreto
Eletiva: Educação e transformações no mundo do trabalho.

No meu ponto de vista, um dos maiores desfios da filosofia hoje e manter um diálogo com o mundo moderno.
Nos dias atuais um dos maiores objetivos dos países, ainda é o acúmulo de riquezas, a luta para estar no primeiro luga, e ser o país mais hegemônico. O importante é o prestígio, a colocação e o excedente de capital nas contas bancárias e nos cofres públicos. Sendo assim, os cursos que apresetam alto índices de desenvolvimento acadêmicos, criando tecnologias com intuito de aumentar essas riquezas, são mais bem vistos no meio social e recebem maiores investimentos.
Ao contrário dessas culturas de enriquecimento a filosofia não reafirma valores como o individualismo e efemeridade próprios do mundo moderno.
Contudo, a disciplina filosofia nas escolas vai ter grande importância na dinâmica social contemporânea, como agente de despertar sujeitos críticos no meio social fazendo com que os alunos possam se questinar sobre os pontos positivos e negativos da modernidade e da tradição.

Anônimo disse...

Juliana Batista Loreto
Eletiva: Educação e transformações no mundo do trabalho.

No meu ponto de vista, um dos maiores desfios da filosofia hoje e manter um diálogo com o mundo moderno.
Nos dias atuais um dos maiores objetivos dos países, ainda é o acúmulo de riquezas, a luta para estar no primeiro luga, e ser o país mais hegemônico. O importante é o prestígio, a colocação e o excedente de capital nas contas bancárias e nos cofres públicos. Sendo assim, os cursos que apresetam alto índices de desenvolvimento acadêmicos, criando tecnologias com intuito de aumentar essas riquezas, são mais bem vistos no meio social e recebem maiores investimentos.
Ao contrário dessas culturas de enriquecimento a filosofia não reafirma valores como o individualismo e efemeridade próprios do mundo moderno.
Contudo, a disciplina filosofia nas escolas vai ter grande importância na dinâmica social contemporânea, como agente de despertar sujeitos críticos no meio social fazendo com que os alunos possam se questinar sobre os pontos positivos e negativos da modernidade e da tradição.

Anônimo disse...

A modernidade pode ser considerada uma experiência humana, uma vez que a história é uma invenção do homem e tem por objeto de estudo o mesmo, ela sofre influências dessa experiência. A modernidade tem características das quais é possível identificar como a secularização, a racionalização, a tensão, a ênfase no indivíduo, a busca pelo novo e etc.
No século XVIII a idéia de história está dominada pelos conceitos de razão, consciência, sujeito, verdade e universal. Já no século XIX ela torna-se científica, ou seja, o conhecimento histórico aspira a objetividade científica, a verdade. A partir do século XX, aprofundariam-se as críticas, passando-se a recusar o determinismo, o reducionismo e o destino inescapável. A pós-modernidade trás uma história fragmentada. A história deixa de ser global. Historiadores pensam em rupturas, fragmentações, individualismos. O conhecimento histórico prioriza a esfera cultural, as idéias, os valores, as representações, linguagens, e a história torna-se ramo da estética, aproximando-se da arte, da literatura, do cinema, da fotografia, da música e etc.
Esse seria o momento atual da história, a chamada pós-modernidade, conceito que ainda não foi bem esclarecido entre os historiadores. Não há um consenso sobre o que seria pós-modernidade. Alguns não definem esse momento atual como pós-moderno. Acreditam numa espécie de “continuação” da modernidade, porém não possuo leitura suficiente para continuar tal discussão.
Pensando no campo do ensino da história atualmente tem-se priorizado a definição dos conceitos e processos históricos, o que não significa que datas não tenham relevância. Tem-se buscado deixar a chamada história “decoreba” e a dos grandes heróis. Procura-se estimular no aluno, principalmente o pensamento crítico.

Aluna: Teresa Cristina de Andrade Gomes
Disciplina: Educação e transformações no mundo do trabalho
Turma 1

Unknown disse...

PARA PENSAR E DISCUTIR: COMO VOCÊ CONCEBE A MODERNIDADE EM SEU DIÁLOGO COM SUA DISCIPLINA DE FORMAÇÃO?

A modernidade para a geografia é vista como o berço de inúmeras transformações advindas principalmente da transformação do modo de produção que mudou toda a dinâmica sócio-espacial do planeta. Tais transformações tiveram grande repercussão sobre a ciência geográfica que somente na modernidade buscou um maior rigor epistemológico, pois a geografia surge inicialmente na escola para posteriormente adentrar a academia. Esta vinculação acadêmica nasce devido à necessidade da consolidação do Estado-nação onde a geografia teria papel fundamental na construção do ideal nacionalista.

Vinicius Santana - tranformação e transf... turma 1

Unknown disse...

PARA PENSAR E DISCUTIR: COMO VOCÊ CONCEBE A MODERNIDADE EM SEU DIÁLOGO COM SUA DISCIPLINA DE FORMAÇÃO?

Arrisco-me a dizer que a geografia é uma ciência essencialmente moderna, pois assim como a modernidade não teve uma linearidade, foi formada a partir de movimentos de criação- destruição, onde o novo sempre foi visto como a ruptura/destruição do velho, a exemplo disto são as escolas da geografia que geralmente tinham relações antagônicas com suas predecessoras. Com a crise da modernidade a geografia também entra em crise em que as categorias de análise clássicas da geografia como região e Estado sofrem com os avanços dos processos de globalização. Seguindo esta crise a geografia pretendeu-se ser pós-moderna, pois na tentativa de assimilar e aceitar a manifestação das diferentes correntes vemos o enriquecimento da abordagem geográfica que ganha novo fôlego possuindo uma abordagem mais ampla.

Hugo Costa - turma 1 - Educação e Transformação no Mundo do Trabalho

Anônimo disse...

Aluno: Jefferson Rodrigues de Oliveira

É bem interessante poder observar os comentários dos colegas de classe e poder observar o conceito de Modernidade em suas ciências e claro a Geografia minha ciência de estudo não poderia deixar de ficar de fora desse processo.


Desta forma no cerne desta prerrogativa devemos no caso da Geografia abordar de forma suscinta as transformações que a Ciência Geográfica veio a passar no decorrer dos séculos assim como as mudanças para a modernidade.


Prefiro não me alongar muito na parte histórica da Geografia posto que já foi bem discutido por colegas da área. Mais a Geografia sempre foi vista como uma cientista enciclopédica, descritiva, uma ciência que não tinha uma identidade, posto que a Geografia tinha por interesse o estudo de diversas áreas do saber sem se aprofundar em nenhuma delas, ou seja se especializar.


Durante muito tempo também a geografia foi usada como arte da Guerra como temos um livro de um Geógrafo chamado Yves Lacoste que vale muito a pena ler em que vem abordar a Geografia serve para antes de tudo para fazer a Guerra. Em que sentido poderíamos colocar isso? Ela veio a servir para uma Geografia legitimadora de poder. Onde a mesma durante anos servia para o Estado, e realizava as funções para o qual era indicada. Isto até mesmo no processo de educação, uma geografia que buscava uma idéia de nação, uma idéia de poder do Estado, uma geografia muita das vezes alienadora, apenas descritiva, enciclopédica, decoreba, tradicional, regional, o que de certa forma tornava a ciência geográfica muito restringida e fechada apenas em seu círculos de estudos.


Atualmente no bojo na modernidade a ciência geográfica vem passando por diversas modificações no que tange seu processo estrutural e científico, onde hoje a Geografia passar a querer se integrar com outras ciências sociais, procurando se aprofundar mais em seu foco de estudo, uma geografia mais social, mais cultural preocupada com a cultura e como está atua na ação do homem na construção e na modificação da paisagem, deixando de ser apenas uma geografia descritiva, passando a ser uma geografia que viesse e gerar alunos críticos em uma sociedade antes vista como alienada.