terça-feira, 20 de janeiro de 2009

TRABALHOS ELETIVA EDUCAÇÃO E TRANSFORMAÇÕES - PARTE 2


TEMA: MEIO AMBIENTE


Apresentação


O planeta passa por um momento crucial. Em decorrência das ações antrópicas, a situação do meio ambiente é cada vez mais crítica. Isso nos desafia a tentar preservar os recursos naturais e, ao mesmo tempo, possibilitar um desenvolvimento social justo, permitindo que as sociedades atinjam uma melhor qualidade de vida em todos os aspectos. A necessidade de consolidar novos modelos de desenvolvimento sustentável no país exige a construção de alternativas de utilização dos recursos, orientada por uma racionalidade ambiental e uma ética da solidariedade.

Dentro desse contexto, também devemos reconhecer que vivemos em uma sociedade na qual uma boa formação é fundamental e que a forma mais eficiente de se perceber e lidar com os problemas e potencialidades do ambiente é com um conhecimento sólido. Cada vez mais, a nossa sociedade vem se conscientizando de que o modelo vigente de crescimento afeta negativamente nosso planeta muito mais do que seria o desejado. Observamos que a destruição da natureza através da contaminação e degradação dos ecossistemas se dá em um ritmo acelerado. Portanto, reduzir os impactos ambientais não deve mais ser encarado como apenas uma alternativa ao modelo vigente, mas sim como uma necessidade humana básica. Assim, se estabelece como objetivo maior a obtenção de um modelo de desenvolvimento ecologicamente equilibrado a curto prazo para todo o planeta.
Apesar de existirem grandes projetos em níveis mundiais – a exemplo do protocolo de Kyoto –, para se mudar a mentalidade das pessoas, é necessária a intensificação da educação ambiental em nível regional. Além de ser mais viável – menores custos – o trabalho é focalizado no aspecto que mais afeta um determinado local e, através da formação e a participação da sociedade local, resultados satisfatórios são alcançados rapidamente.
Neste sentido, a realização da semana da preservação ambiental nas escolas é de grande importância, pois através deste projeto multidisciplinar, o aluno terá noções teórico-práticas da importância da preservação e das conseqüências que podem acarretar o descuido com o meio ambiente. Além disso, esses alunos poderão transmitir esse conteúdo para sua família e utilizar todos os métodos aprendidos na prática em sua residência ou bairro.

METODOLOGIA

1ª.aula – AULA TEÓRICA EXPOSITIVA (CIÊNCIAS/BIOLOGIA): (50')
• Abordar o que é meio ambiente.
• Abordar o conceito de preservação ambiental e poluição do meio ambiente.
• Abordar impactos diretos da degradação ambiental.
• Apresentar materiais e tempo de degradação quando deixados na natureza.
• Tarefa de casa: Apresentar uma problemática ambiental no bairro/ comunidade que reside e uma sugestão para melhora.
2ª.aula – AULA DEBATE (CIÊNCIAS/BIOLOGIA e OUTRAS): (50')
• Ouvir sugestões propostas pelas aulas (tarefa de casa da 1ª.aula).
3ª.aula – AULA DEBATE (CIÊNCIAS/BIOLOGIA / INGLÊS/ GEOGRAFIA/ HISTÓRIA): (200')• Apresentação do filme intitulado "A história das coisas" (legendado). (30')
http://br.youtube.com/watch?v=HqjqMgPIVX4http://br.youtube.com/watch?v=Za1OtfCAZII&feature=relatedhttp://br.youtube.com/watch?v=8xZdL0qi8b4&feature=related• Discussão sobre o(s) assunto(s) abordado(s) no filme.
•Apresentação de palavras em inglês relacionadas ao meio-ambiente.
• Discussão de quais atividades de produção (Industrial, Agrícola e/ou outras) poluem o meio-ambiente. Exemplificar e demonstrar como o Desenvolvimento Sustentável poderia ser aplicado na preservação e na exploração econômica de um dado local.
• Apresentação do filme Verdade Inconveniente - Al Gore.
• Abordar a história dos EUA e a sua cultura relacionada a degradação do meio ambiente. 4ª.aula – AULA PRÁTICA – APLICAÇÃO DOS CONCEITOS(EDUCAÇÃO FÍSICA/ GEOGRAFIA/ BIOLOGIA/ MATEMÁTICA):(100')
• Ida a campo: atividades como limpeza de praias, parques, etc.
• Caminhadas ao ar livre, com a discussão dos conceitos desenvolvidos em sala de aula.
• Ida às comunidades dos alunos e conscientização da comunidade local.
• Coletas de dados matemáticos relacionados ao meio ambiente.
5ª.aula – AULA TEÓRICA EXPOSITIVA - MATEMÁTICA
• Discussão de percentuais que foram coletados na aula prática.
• Avaliar a progressão de crescimento da poluição (em escalas)
• Discutir problemas de função de 1o grau com essa temática.
6ª.aula – Visitação ao Jardim Botânico (BIOLOGIA/ GEOGRAFIA/ HISTÓRIA)

• Fazer os alunos observarem as diversas espécies e entender a importância delas.

7ª aula - Atividade extracurricular - Projeto de reciclagem

• aula introdutória sobre os 3R´s: Reduzir, Reciclar, Reutilizar
• realização de oficinas de reciclagem com cada um dos grandes grupos de lixo reciclável:
- papel
- plástico
- lixo orgânico
- metais


AVALIAÇÃO

Cada aluno deverá elaborar uma redação criativa falando sobre o que foi estudado, o que eles aprenderam com esse projeto.APRESENTAÇÃO FINAL: Apresentação de uma pequena peça teatral (esquete = 10') cujo tema seja a importância da preservação ambiental.

Grupo:

André Freire
Karenina Nascimento
Rafaela Moura
Luana Fiúza
Renato Assad
Dayane Vidal
José Henrique Melo

AVALIAÇÃO DO PROFESSOR

O planejamento apresentado pelo grupo mantém as bases do projeto anterior, como solicitava a proposta de exercício. As alterações foram bastante pertinentes e necessárias para a inclusão das novas cadeiras. Contudo, a sexta aula precisaria ser mais detalhada, para que pudéssemos entender o formato de abordagem das disciplinas história e geografia.


TEMA: ÉTICA


APRESENTAÇÃO


A idéia central desse projeto é envolver os alunos em um trabalho de conscientização sobre um assunto que inspira cuidados, prevenindo e mostrando aos mesmos que as drogas podem levar ao vício ou à dependência o que, não é só maléfico para a saúde do nosso organismo, mas também para uma boa convivência na sociedade, mesmo depois de recuperado. Pois, numa sociedade que encara as drogas como um tabu, o diálogo, mesmo dentro da família, é quase exíguo, e a sociedade não admite uma transgressão das normas da boa convivência, assim, a própria família exclui o dependente do seu grupo social.
Dessa maneira, tentamos evitar uma possível evasão escolar por um alto índice de adolescentes que se envolvem com drogas, e ainda pior, com o tráfico de drogas, principalmente, em áreas carentes, assim como a área que esta escola está localizada.
O papel da escola não se limita apenas ao de transmitir os conteúdos curriculares. A escola também pode atuar no sentido de contribuir para que os alunos possam ter uma visão crítica diante das escolhas que fazem, levando em consideração as normas e os valores que são impostos pela sociedade. Assim este projeto interdisciplinar pretende mostrar que as drogas estão próximas de qualquer um (quer seja uma pessoa de alto nível socioeconômico ou não).

METODOLOGIA


Ano: 8º
Tempo Estimado: 2 semanas.
Desenvolvimento:

A) A proposta de trabalho será apresentada de modo a envolver toda a comunidade escolar, procurando favorecer a comunicação entre pais, alunos e professores no sentido de conhecer suas dúvidas, opiniões e percepções sobre o tema das drogas articulado ao conceito de ética. Para isto, utilizaremos o desenho e a colagem como recurso expressivo e também o debate coletivo das opiniões.

Será solicitada a formação de grupos compostos por pais e alunos, que deverão desenhar ou colar sobre uma folha figuras associadas às drogas. Posteriormente, pedir-se-á que cada um escreva ao lado de sua figura um sentimento ou qualidade que defina ou que se associe àquela imagem. Pedir-se-á então aos presentes que o material produzido por cada grupo seja compartilhado com todos os presentes, no sentido de perceberem os pontos em comum e os pontos divergentes entre os participantes. Este será o momento para a troca de idéias e para as intervenções acerca do tema. O coordenador (ou coordenadores da atividade) poderá conduzir o debate no sentido de trabalhar o tema das drogas articulado ao conceito de ética nas relações humanas.
A idéia é que, em vez de uma palestra tradicional inaugurando as discussões sobre o tema, seja realizada uma atividade mais dinâmica, o que não exclui a participação de especialistas, realização de depoimentos e etc.

B) Nesse momento será realizada uma discussão com os alunos sobre o que são as drogas, seus efeitos no organismo, e as motivações para seu uso, partindo dos pontos destacados a seguir:

B1 - O que são Drogas

Intitulamos “droga” qualquer substância e/ou ingrediente utilizado em laboratórios, farmácias, tinturarias, etc., desde um pequeno comprimido para aliviar uma dor de cabeça ou até mesmo uma inflamação, é uma droga. Contudo, o termo é comumente empregado a produtos alucinógenos ou qualquer outra substância tóxica que leva à dependência como o cigarro, e o álcool, que por sua vez têm sido sinônimo de entorpecente.
As drogas psicoativas são substâncias naturais ou sintéticas que ao serem penetradas no organismo humano, independente da forma (ingerida, injetada, inalada ou absorvida pela pele), entram na corrente sanguínea e atingem o cérebro alterando todo seu equilíbrio, podendo levar o usuário a reações agressivas.

B2 - Drogas Lícitas e Ilícitas:

As drogas lícitas são substâncias que podem ser produzidas, comercializadas e consumidas legalmente. Apesar de trazerem prejuízos aos órgãos do corpo são liberadas por lei e aceitas pela sociedade. São consideradas drogas lícitas qualquer substância que contenha álcool, nicotina, cafeína, medicamentos sem prescrição médica, anorexígenos, anabolizantes e outros.
As drogas permitidas por lei são as mais consumidas e as que mais resultam em fatalidades diárias, já que através das alterações realizadas no organismo, o indivíduo perde o controle e acaba por fazer coisas que em situações normais não seriam feitas. Além disso, o organismo tende a ficar mais preguiçoso já que as drogas lícitas relaxam o organismo de forma exagerada.
Drogas ilícitas são substâncias proibidas de serem produzidas, comercializadas e consumidas. Em alguns países, determinadas drogas são permitidas sendo que seu uso é considerado normal e integrante da cultura. Tais substâncias podem ser estimulantes, depressivas ou perturbadoras do sistema nervoso central, o que perceptivelmente altera em grande escala o organismo.
São drogas ilícitas: maconha, cocaína, crack, ecstasy, LSD, inalantes, heroína, barbitúricos, morfina, skank, chá de cogumelo, anfetaminas, clorofórmio, ópio e outras. Por serem proibidas, as drogas ilícitas entram no país de forma ilegal através do tráfico que promove a comercialização negra, ou seja, a comercialização feita sem a autorização das autoridades. O tráfico de drogas tem sido apontado, por vários pesquisadores, como uma das causas principais para o aumento significativo da violência em nossa sociedade. E isto é verificado em todas as fases da produção da droga até o consumidor final.
Já as conseqüências no organismo humano são: arritmia cardíaca, trombose, AVC, necrose cerebral, insuficiência renal e cardíaca, depressão, disforia, alterações nas funções motoras, perda de memória, disfunções no sistema reprodutor e respiratório, câncer, espinhas, convulsões, desidratação, náuseas e exaustão.

B3- O Que Leva Uma Pessoa A Usar Drogas?

Pesquisas recentes apontam que os principais motivos que levam um indivíduo a utilizar drogas são: curiosidade, influência de amigos (mais comum), vontade, desejo de fuga (principalmente de problemas familiares), coragem (para tomar uma atitude que sem o uso de tais substâncias não tomaria), dificuldade em enfrentar e/ou agüentar situações difíceis, hábito, dependência (comum), rituais, busca por sensações de prazer, tornar (-se) calmo, servir de estimulantes, facilidades de acesso e obtenção e etc.
No entanto, alguns estudos têm apontado como principal fator para a escolha pelo consumo de drogas a falta de perspectivas de futuro por parte dos jovens. Em meio a uma sociedade que visa o consumo exagerado de bens capitais e oferece poucas oportunidades de emprego para a população, sobram descontentamentos e frustrações. Essa lacuna entre o desejo de consumir e a falta de recursos para efetivá-la, em função da escassez de oferta de emprego, tem sido o estopim para que os jovens busquem formas alternativas para se sentirem parte integrante da sociedade. Na ausência de possibilidade de construir sua identidade através da posição profissional e do conseqüente status social que ela oferece, o adolescente opta pelo consumo de drogas como alternativa para produzir um lugar social que o legitime enquanto sujeito. Mesmo que esse lugar seja o de drogadicto, doente e infrator. Dessa forma, pode-se dizer que o consumo de drogas está diretamente ligado á tentativa de fuga da realidade e também ao desejo de conquistar um lugar na sociedade.
É importante esclarecer que a dependência das drogas é tratável, ou seja, através do auxílio médico e familiar uma pessoa pode deixar o vício e voltar a ter uma vida normal sem que necessite depositar substâncias que criam falsas necessidades no organismo e impedindo que o rendimento do organismo seja comprometido.
Deve-se analisar o comportamento do usuário como um membro da sociedade, que, não estando no seu estado normal, o mesmo passa a não coordenar suas ações e assim pode cometer crimes e atrocidades condenadas pela sociedade e pelas leis do Estado.
Ainda sim, o indivíduo que busca um tratamento, como supra citado, também pode ser alvo de preconceito por ser um ex-drogadicto e com isso passa a ter dificuldades em sua recuperação e sendo um caso notório, dificuldades em sua inserção no seio da sociedade. Isso explica o anonimato de ex-drogadictos (em sua maioria) nos depoimentos na mídia.

B4- Principais Efeitos Fisiológicos

Nosso corpo necessita de sensações que nos levem ao prazer, nosso cérebro é quem comanda esta dependência através dos neurotransmissores. O consumo de alguns alimentos, como chocolate e café, estimulam a produção de serotonina, que é um neurotransmissor cerebral responsável pela sensação de prazer e felicidade. Para se ter uma idéia, devido aos efeitos benéficos, estes alimentos são muito consumidos e, dependendo da freqüência de consumo, podem chegar até a viciar uma pessoa sensível.
O problema começou a se agravar quando surgiram as substâncias perigosas: as drogas.. Elas possuem praticamente o mesmo princípio ativo de alguns alimentos, por exemplo: o chocolate que tem Anandamida, um tipo de gordura que ativa os mesmos receptores químicos cerebrais envolvidos no consumo da maconha.
A Anandamida é um análogo do princípio ativo da maconha, tem funções no sistema nervoso e no sistema imune (defesa do organismo). Este tipo de substância age no mecanismo do cérebro para nos fazer cair na armadilha dos entorpecentes. Daí para frente todas as fontes de prazer deixam de ter a mesma importância e só o consumo do entorpecente passa a ser agradável, ou seja, as substâncias químicas encontradas nas drogas além de serem prejudiciais nos dão prazer, imitando as moléculas que nosso cérebro precisa. São diversas as substâncias que causam essa deturpação: álcool, nicotina, maconha, cocaína, entre outras.

B5 - Ação Das Drogas No Sistema Nervoso
A medicina define droga como sendo qualquer substância capaz de modificar a função dos organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento. As drogas são classificadas como depressoras, estimulantes ou perturbadoras da atividade do Sistema Nervoso Central (SNC). As depressoras da atividade do SNC são as que diminuem a atividade do cérebro, deixando o indivíduo "desligado". Entre as drogas desse tipo estão o álcool, os medicamentos barbitúricos (promovem o sono) e os ansiolíticos (calmantes), inalantes ou solventes (colas, tintas, removedores).
As substâncias que aumentam a atividade do cérebro, ou seja, estimulam o funcionamento fazendo com a pessoa fique "ligada", "elétrica" são as estimulantes do SNC. As principais são as anfetaminas, nicotina e cocaína. O terceiro grupo é constituído pelas drogas que agem modificando qualitativamente a atividade do cérebro. As drogas perturbadoras, tais como a maconha e os anticolinérgicos, fazem com que o cérebro funcione fora do seu padrão normal. As alterações cerebrais e os prejuízos no funcionamento do organismo são específicos para cada droga.
(Fonte: Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas - CEBRID.Levantamento Nacional Domiciliar sobre o Uso de Drogas, nas 107 maiores cidades brasileiras.)

C) Discussão filosófica sobre a ética

O homem vive em sociedade, e nessa convivência cabe-lhe pensar e responder a seguinte pergunta: Como devo agir perante os outros? Essa é a questão central da Moral e da Ética, tema que será abordado nesse projeto.
A ética é a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral. Por isso, inicialmente esse tema será abordado em sala de aula de maneira expositiva. Em seguida, ainda de maneira expositiva, relacionaremos o tema ética com o subtema drogas para discutirmos o estilo de vida das pessoas que usam drogas ilícitas, o qual foge às regras morais da sociedade.
Assim, docentes e discentes pensarão juntos os motivos que levam uma pessoa a entrar no mundo das drogas, as conseqüências da droga na vida de uma pessoa e na sociedade como um todo.

D) Propõe-se discutir, por meio da história comparada, a influência das mudanças culturais e sociais na forma de compreensão do que são as drogas.

Desse modo, pretende-se estabelecer relações entre diferentes contextos históricos, tais como os costumes indígenas, a guerra do ópio e a cultura hippie. Sendo assim podemos relacionar essa situação com o contexto atual, o uso exacerbado das drogas, o aumento do tráfico e como isso influencia a nossa sociedade, a repercussão desse consumo nos nossos dias...
A idéia é fazer com que os alunos pensem se há alguma diferença entre os propósitos de outras épocas e o atual. Por exemplo: os hippies tinham um propósito de levantar a bandeira da paz e derrubar o capitalismo, no contexto da Guerra Fria, e uma de suas formas de expressão era o consumo das drogas que eles acreditavam “abrir a mente”, mas será que isso era benéfico? E comparado aos dias de hoje, por que esse consumo ganha tanta força?
É importante discutir também o impacto disso nas sociedades, comparando comunidades indígenas, em que consumo de certas substâncias pode aparecer como algo natural e que não causa maiores conseqüências para a sociedade, e a nossa, em que o consumo leva ao tráfico, que leva à violência, mortes, marginalização. Porque isso é visto de forma diferente em épocas e sociedades distintas?
A proposta é que os próprios alunos tirem conclusões e debatam sobre o que define a droga como algo certo ou errado, passando por discursos médicos, sociais, jurídicos. E que eles possam pensar nos verdadeiros danos que isso pode causar, mas criando essa conscientização por análise própria.
Como parte desse processo, sugere-se a análise de músicas que fazem referência às drogas, em diferentes épocas. Algumas sugestões são “Cachimbo da paz”, Gabriel, O Pensador; “Chocolate”, Tim Maia; “Rehab”, Amy Winehouse; “A Montanha Mágica”, Legião Urbana;


E) Para a discussão dos temas propostos tomaremos como base aulas do conteúdo programático referente à Urbanização. A partir deste ponto discutiremos com os alunos os efeitos do comércio das drogas e analisaremos a questão da ética por diferentes enfoques de forma a levar o aluno a criar um pensamento crítico em que reflita e construa o seu conhecimento.

· Urbanização
Na primeira aula falaremos sobre o processo de urbanização brasileiro pós década de 1930, tratando dos seguintes tópicos:
- a partir da década de 30 o país começa a industrializar-se;
- a partir da década de 40 estrutura-se uma rede urbana em escala nacional. Até então, o Brasil era formado por “arquipélagos regionais” polarizados por suas metrópoles e capitais regionais;
- a partir da década de 60, modernização da agricultura e êxodo rural, causando assim inchaço urbano.
Assiste-se a uma verdadeira expulsão dos pobres, que encontram nas grandes cidades seu único refúgio. Esse êxodo rural elevou de forma significativa o número de pessoas nos centros urbanos. Atualmente 80% da população brasileira vive nas cidades.
A partir deste panorama trataremos a questão da favelização. Inicialmente pediremos aos alunos que se dividam em grupos e escrevam rapidamente 5 palavras que associem a “expressão” favela. As respostas podem ser as mais diversas, mas cremos que as palavras mais repetidas serão tráfico e drogas.
Após recolher as repostas verificaremos as repetições. Para esta atividade, de cunho expositivo, utilizaremos mapas mostrando a espacialização do tráfico na cidade do Rio de Janeiro, pois entendendo que este é o espaço proximal do aluno esperamos que se interesse pelo assunto e possa participar ativamente da aula. Indicaremos que o tráfico e o consumo de drogas não se restringem só a favela, para isso utilizaremos matérias e mapas mostrando os locais de consumo, que inicialmente era consumida na zona sul e a partir da década 70 sofreu maior repressão e “subiu o morro”, e que o tráfico é organizado em uma rede mundial e que a favela é só a “ponta do iceberg”. Para casa os alunos farão uma pesquisa onde procurarão os efeitos das drogas lícitas e ilícitas e os locais onde são produzidos. A partir desta espacialização mostraremos uma comparação entre os efeitos do álcool e a maconha onde questionaremos se há alguma relação entre a legalidade da droga e sua área de produção, bem como os malefícios das consideradas lícitas frente às ilícitas, visando estabelecer reflexão sobre os aspectos políticos, biológicos e sócio-econômicos implicantes na temática.
Neste ponto chegaremos à questão ética, onde o aluno instigado à reflexão: o que é ética e a quem serve? Para elucidar tal questionamento falaremos novamente do caso carioca onde apontaremos as políticas de combate ao tráfico, políticas que baseiam-se no enfrentamento policial. Se Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo – sociedade discutiremos com os alunos sobre a problemática, que perpassa o campo da educação, economia, política e cultura. A educação que deveria dar melhores condições de acesso a uma possível equidade social, mas que é prejudicada pela fragilidade do sistema educacional, vinculado estritamente às outras esferas de poder supracitadas. A economia visto que o desenvolvimento capitalista se dá de forma desigual e combinado, onde muitos enriquecem e se mantém a partir da exploração dessa classe desprivilegiada. A Cultura, pois o consumismo gera uma “necessidade” que não pode ser sanada pelas minorias e numa sociedade onde você é visto pelo que tem, e julgado por suas posses e pelo que demonstra/parece ter, tem-se uma busca de inclusão no padrão consumo, o que não acontecerá a todos.

AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada no decorrer das aulas. Na primeira, pretende-se que os alunos sejam capazes de traçar um paralelo entre as concepções que possuíam sobre o assunto antes e depois da aula, através da elaboração de uma redação.
Posteriormente, os alunos poderão responder a questões que problematizem os fatores envolvidos na escolha pela droga envolvendo aspectos sociais, psicológicos, políticos e econômicos. Além de discutir a questão do preconceito social em relação a essas pessoas.
Ao fim das aulas será promovida uma feira cultural, para que esse tratamento da questão das drogas de forma interdisciplinar seja ‘materializado’. Os alunos deverão criar painéis destacando os diversos tipos de drogas, suas conseqüências, sintomas, periculosidade, tratamentos, origens e etc.
A avaliação considerará a criatividade na confecção de materiais para a feira, a presença dos alunos, a coerência com as idéias discutidas e a capacidade de explicar seus trabalhos para os visitantes da mostra.


Grupo:


Elaine Santos
Teresa Andrade
Priscila Velozo
Patrícia Coutinho
Gisele Santos
Fernanda Nogueira
Hugo Costa
Vinicius Santana


AVALIAÇÃO DO PROFESSOR

O grupo desenvolveu muito bem o plano original, cuidando de acrescentar informações e caminhos necessários à aplicação do mesmo. A condução metodológica é excelente. Parabéns!



TEMA: ORIENTAÇÃO SEXUAL


APRESENTAÇÃO


Este grupo proporia, no que se refere à filosofia, trabalhar primeiramente a questão da sexualidade numa perspectiva histórica. Para tanto, seria utilizado o livro de Michel Foucault História da Sexualidade Volume I, pois neste livro o autor aborda os diversos modos de sexualidade que se deram em diferentes épocas, sobretudo na Grécia. O objetivo de tal enfoque é fazer o aluno compreender que a orientação sexual não se constitui como algo natural, mas sim cultural, ou seja, a orientação sexual de uma época é produzida pelos seres humanos que nela viveram, não se constituindo como algo dado naturalmente, divinamente ou ontologicamente, o que a torna passível de transformação. Contudo, este enfoque não significa que a orientação sexual seja escolhida livremente pelos indivíduos, resultado do livre-arbítrio, visto que tal orientação advém de desejos que não podem ser escolhidos, desejos estes cuja origem pessoal depende da história de cada pessoa que é, por sua vez, fruto de um contexto histórico social.
A dificuldade residiria, primeiramente, em fazer o aluno compreender que a orientação sexual, principalmente a heterossexual, na perspectiva de uma produção histórica cultural se torna passível de transformação. Num segundo momento, o desafio desta aula seria compreender que a orientação sexual de alguém não resulta de vontade ou de decisão, numa espécie de decisionismo ou voluntarismo sexual, tendo em vista que dizer que a orientação sexual é produzida não significa que esta produção esteja no âmbito do livre-arbítrio ou da decisão, mas sim no âmbito de uma produção de desejos e, por via de conseqüência, de subjetividades, o que não está inteiramente sob o arbítrio humano.
Por fim, buscar-se-ia pensar o problema da orientação sexual na realidade contemporânea através da questão da criminalização da homofobia. Isto se daria através da análise e desenvolvimento das seguintes questões:

1. Quando a orientação sexual se torna um problema para a ética e para o direito?

2. O que significa tornar um crime a homofobia numa sociedade homofóbica? Por exemplo, significa prender todo mundo que se referisse pejorativamente à homossexualidade? Ou ainda, prender o padre que condena a homossexualidade como orientação sexual ao defini-la como pecado? Enfim, como seria compreendida esta criminalização?

3. Como compreender a ética e o direito contemporaneamente?


Nesta parte do trabalho poderia ser usado os sites dos grupos que são a favor ou contrários à criminalização da homofobia, extraindo os principais argumentos e analisando-os em termos filosóficos, ou seja, conceituais, lógicos, históricos, éticos e morais.

METODOLOGIA

O profissional da área de Letras ou o professor de literatura procuraria desenvolver a problemática da questão da orientação sexual numa dimensão, primeiramente, literária. Portanto, ele traria textos de obras clássicas onde a orientação sexual é abordada. Em consonância com a parte filosófica destas aulas transversais, a primeira obra utilizada seria A Ilíada de Homero, dando ênfase à relação entre Aquiles e Pátroclo, mostrando, primeiramente, a relação entre os homens e a sua relevância para a compreensão do modelo grego de orientação sexual. Ainda sobre esta obra, procurar-se-ia fazer um contraste entre o mito de Aquiles e Pátroclo tal como é tratado pela Ilíada e a maneira pela qual foi tratado em sua apropriação hollywoodiana no filme Tróia. Outro mito da Antiguidade a ser desenvolvido é o de Jacinto e Apolo, mostrando que a homossexualidade não se dava apenas entre os homens, mas também entre os deuses olímpicos. A fonte utilizada, neste caso, seria As Metamorfoses de Ovídio (poeta romano) ou Dicionários de Mitologia. A questão da orientação educacional, então, seria compreendida na sociedade brasileira da segunda metade do século XIX através da obra O Ateneu de Raul Pompéia, mostrando a maneira pela qual esta questão é vivida num internato de meninos durante o Império. Por último, seria analisado, junto com a filosofia, talvez numa aula conjugada, o problema da homofobia na linguagem dos meios de comunicação.
Por fim, na Educação Física, a questão da orientação sexual seria abordada através da compreensão da tensão que existe ainda hoje entre a orientação sexual e a prática de determinados esportes. A questão começaria pela crítica de uma realidade (muito brasileira) que divide entre homens e mulheres a prática de esportes. Por exemplo, o preconceito que ainda existe em relação às mulheres que jogam futebol ou dos meninos que praticam ginástica olímpica. Em seguida, a questão seria abordada dentro do âmbito da orientação sexual, buscando trazer o aluno à compreensão do preconceito que ainda existe em nossa sociedade. Para tanto, dois casos seriam abordados: o caso do Richarlison, ex-jogador do Palmeiras e do Magic Johnson, ex-jogador do Lakers e da seleção norte-americana de basquete. No primeiro caso, seria analisado o problema da decisão do Palmeiras de demitir um jogador devido a sua orientação sexual (o jogador se declarou homossexual e foi demitido), procurando entender até que ponto este foi um caso ou não de homofobia e de preconceito. No segundo caso, o do Magic Johnson, seria analisado o problema de um jogador, heterossexual portador do vírus HIV, praticar uma atividade esportiva onde o contato e os choques corporais são constantes, lembrando o que o jogador sofreu dentro da quadra de basquete na época - jogadores se recusando a marcá-lo para evitar o contato físico, obrigando Magic Johnson, armador genial, a abandonar o esporte muito antes do que deveria, poderia e quereria.


AVALIAÇÃO

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Grupo:

Ana Carolina Caramuru
Juliana Lannes
Renata Miranda
Renato Marques
Raphael Hormes


AVALIAÇÃO DO PROFESSOR


O trabalho, ainda que muito bem conduzido, dialoga muito pouco com o plano original, fugindo em alguma medida da proposta de exercício. A leitura que fizeram dentro das disciplinas específicas é coerente e válida, mas a forma como foi apresentado não obedeceu aos procedimentos recomendados em sala (apresentação, metodologia, avaliação). A divisão acima foi feita pelo professor, numa tentativa de organizar as idéias. Ainda assim, a avaliação não foi definida pelo grupo.


TEMA: SAÚDE


APRESENTAÇÃO

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METODOLOGIA

BIOLOGIA:
A utilização do sistema circulatório para trabalhar a dengue como sub-tema dentro do tema saúde, é muito interessante, pois irá agrupar duas áreas diferentes na biologia – zoologia e fisiologia humana. Seguindo o plano de curso no 8 º ano também é tratado as relações do homem com o meio ambiente. Este tema poderia ser, também, aproveitado para poder mostrar aos alunos como o descaso com o ambiente - como despejo irregular de lixo, acumulo de pneus em ferros velho ou a poluição de rios – podem propiciar para a proliferação de mosquito que pode transmitir a dengue.
Se o tema for abordado no 6° ou 7º. ano, os alunos podem trabalhar com o mosquito para a compreensão do filo artrópode, através do estudo da anatomia e fisiologia deste inseto. Além do seu modo de crescimento e reprodução.


INGLÊS:
Aproveitando a idéia dos verbos modais MUST e SHOULD proposta anteriormente, seria pertinente abrir a aula com uma discussão, em português, sobre a profilaxia e sintomas da dengue. Após a discussão, seria administrado um jogo, com frases em inglês (ludicidade na seriedade), onde os alunos, em posse de material já confeccionado para este fim – tiras de cartolina com as frases compostas pelos verbos modais em questão -, “escolheriam” o que se pode/deve e o que não se pode/não se deve fazer para prevenir a proliferação do mosquito e a prevenção da doença.


O JOGO
1. O quadro negro dividido em duas partes: as frases compostas por MUST e SHOULD para serem coladas no lado esquerdo e as frases compostas por MUST NOT e SHOULD NOT no lado direito;
2. Alunos divididos em grupos;
3. Apresentação das frases (em tiras) para que os alunos “escolham” o lado que devem ser coladas as frases;
4. Explicação acerca do vocabulário e do uso dos verbos modais (obligation/advisibility);
5. Discussão em inglês sobre a doença, com base na discussão anterior em português (língua materna auxiliando a língua estrangeira).
O método de avaliação não seria uma prova, teste, redação, perguntas ou qualquer coisa do tipo sobre o tema abordado, mas a percepção do interesse dos alunos em participar do jogo, respondendo corretamente o que se seria pedido.


GEOGRAFIA:
Dentro do conteúdo sobre a urbanização da América Latina, serão trabalhados justamente os processos que levaram a formação do espaço urbano atual no continente, e para tanto, alguns questionamentos deverão ser levantados para uma resposta referente ao porquê de nossas cidades serem tão vulneráveis a esse tipo de epidemia. Para permitir uma compreensão mais apurada pelo aluno, se estabelece um paralelo com o processo de urbanização dos chamados países desenvolvidos.
Dialogando com o projeto, será dado um enfoque no caráter excludente da urbanização latino-americana, obviamente enfatizando o surgimento e permanência da Dengue e como os espaços que propiciam a proliferação do mosquito Aedes aegypt.
Como avaliação da disciplina, será realizado um projeto de pesquisa, onde os alunos deverão trazer imagens e recortes de jornais e revistas, assim como material para confecção de cartazes, tais como papel pardo e canetas coloridas, visando um maior entendimento e uma maior compreensão por parte dos alunos.
De fato, a atividade é focada na produção de cartazes que demonstrem o caráter excludente da urbanização da América Latina, tendo como exemplo a cidade do Rio de Janeiro e a disseminação de epidemias de Dengue nos últimos anos. Os respectivos cartazes deverão ser apresentados e explicados ao professor ao final de sua confecção*. Para tanto serão destinados 10 a 15 minutos de apresentação para cada grupo na aula seguinte.
Além disso, será pedido para cada aluno a produção de um texto sobre a temática: A Urbanização Excludente e a Dengue, como dever de casa.
*Obs.: Os alunos deverão se articular de forma que na aula seguinte, seja somente necessária a montagem do cartaz em sala. Os cartazes deverão conter imagens e o mínimo possível de textos.
O enfoque da disciplina também será para o modo de como as diferentes camadas da sociedade têm acesso aos meios de combate a dengue e acesso aos hospitais, pois a mesma é feita de forma desigual não somente quando relacionamos países desenvolvidos com países subdesenvolvidos, mas também no interior dos municípios, e nesse caso do Rio de Janeiro.


EDUCAÇÃO FÍSICA:
Dando continuidade ao trabalho inicial elaborado com a idéia de um projeto pedagógico mais amplo e duradouro, a Educação Física pode se inserir através da aplicação prática dos conteúdos teóricos estudados nas outras disciplinas. Da seguinte forma:
• Ida à campo – nas proximidades da escola para identificação e limpeza de possíveis focos de proliferação do mosquito transmissor da dengue;

• Mutirão “Proliferando Saúde” – Alunos monitores (8º. ano) sejam os responsáveis pelos alunos mais novos na verificação da limpeza da escola e sua manutenção e cuidados que evitem o aparecimento do Aedes aegypt.
• Peça de teatro com a inclusão mínima de todos os conceitos estudados nas outras disciplinas – inglês, biologia, geografia, etc.
Avaliação: participação nas atividades.

AVALIAÇÃO

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A AVALIAÇÃO NÃO FOI ESPECIFICADA PELO GRUPO. APARECE DISSOLVIDA NO TEXTO DE ALGUMAS DISCIPLINAS APENAS.

Grupo:

Adriano Andrade(Educação Física)

Jefferson Rodrigues (Geografia)

Kleyton Magno (Biologia)

Luciana Cabral (Inglês)

Robson de Castro (Geografia)


AVALIAÇÃO DO PROFESSOR


A proposta apresentada é pertinente e dialoga bem com o plano original. Contudo, o grupo não seguiu algumas regras do exercício, como a forma de apresentação (apresentação, metodologia e avaliação).

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